quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Até quando?

É, acho que chegou a hora de um posicionamento sério sobre a questão do momento: o que o estado deve legalizar - ou criminalizar. Cansei dessas argumentações que tentam, a qualquer custo, me convencer de que a decisão final sobre as atitudes das pessoas em relação aos seus próprios corpos deve ser delas mesmas. Dizendo assim parece fazer sentido, mas e a SAÚDE PÚBLICA? e o PIB? e o MERCADO?

É sabido por leigos e especialistas, como bem nos alerta o dr. Dráuzio, o mal que o sedentarismo faz às pessoas e à sociedade. Sedentarismo aumenta as chances de obesidade, hipertensão, diabetes e depressão; com isso vêm maior risco de infarto, AVC, suicídio, etc, etc, etc. Ou seja, gastos infindos em saúde pública! Isso mesmo: seus preciosos impostos gastos com gente que adoeceu porque passou os domingões na frente da TV, na praia, no cinema, meditando!

Fala-se por aí de usos medicinais do sedentarismo, como aquele prescrito em pós-operatórios por exemplo, o que tem alguma evidência científica. Mas sedentarismo recreativo, deitar só por deitar, pra relaxar... aí já é demais!!! Ouvi dizer que meditação pode até levar a estados alterados da mente! Absurdo! :OOO

Só um Estado muito atrasado pode permitir, em pleno século 21, que sua população se submeta a um comportamento como esse. Porque, se ainda não mencionei, também é claro que o sedentário (ou preguiçoso), o hipertenso, o diabético, o depressivo, trabalham menos e produzem menos; isso significa menos movimento na economia, menos arrecadação. O fim, o fim.

Que a partir de agora, aqueles que queiram tirar uma sesta ou assistir uma novela sentado, recorram às casas de repouso clandestinas ou estabelecimentos semelhantes; atitudes canalhas como essas, aos olhos do Estado, não mais. Diga não cadeiras de praia! Não às cangas nos parques! Não às redes nos barcos! Não aos tapetinhos de meditação! Não aos procrastinadores desse meu Brasil!

Sonhe comigo um país com esteiras públicas e corridas compulsórias!

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